Música com estimulação bilateral 

    Música com estimulação bilateral, que pode promover o relaxamento, o foco mental e diminuir a reatividade emocional.

Este vídeo/música não foi sujeito a nenhum estudo de eficácia como tratamento,

não funciona como terapia,

mas pode servir como um recurso para a promoção e manutenção da saúde mental.

                                                                Recomendações:

É importante que escute o vídeo com fones, para potenciar a estimulação bilateral e para que a sua experiência não receba influência de fatores externos.

Ouvir com um som não muito elevado.

Procure um lugar sossegado, se estiver a trabalhar ou a estudar, continue a fazer o que está a fazer, não precisa de estar a ver o vídeo, apenas desfrute deste momento, só você.

Se ouvir quando for dormir. Pode pensar que é hora de descansar, propondo isso ao seu cérebro e deixar-se levar pela música.

Escute a música e apenas observe os pensamentos, as emoções e as sensações físicas que possam aparecer, e deixe que se expressem livremente, sem contrariar.

Aproveite este momento para poder tomar consciência de si, no seu todo.

Se tiver receio de perder o controlo, pode pensar "estou tranquilo(a)" e efetuar uma respiração diafragmática, que o(a) traz de volta ao "presente", ao aqui e agora e promove uma sensação de relaxamento, que pode fazer no final do vídeo ou sempre que sentir necessidade.

                                              Para realizar uma respiração diafragmática, deve:

Inspirar lenta e profundamente pelo nariz durante 4 segundos.

Pode colocar a mão sobre a barriga e sinta o ar a entrar.

Manter o ar durante 4 segundos.

Expirar lentamente pela boca durante 8 segundos até todo o ar sair.

Aguardar 4 segundos e reinicie o processo.

Observe como se sente, pode repetir algumas vezes.

Foque-se na sua respiração. Observe o ar a entrar e a sair.

Pode fechar os olhos... quando quiser, e permita-se a sentir a sensação de relaxamento.

  Breve explicação:

               Por vezes andamos ansiosos e stressados e reagimos de forma impulsiva e desadequada ao momento atual, quer em atos, quer em pensamentos.

Com um nível de pensamento elevado, deprimimos com o que já passou e/ou ansiamos o que está para vir, por vezes com pensamentos automáticos ruminativos acerca dessas mesmas situações.

Esta reatividade emocional altera o nosso dia, como compromete a nossa noite, não permitindo ter um sono reparador.

A estimulação bilateral promove uma comunicação entre os dois hemisférios cerebrais. Promovendo o foco mental e uma maior sincronia entre a razão e a emoção, e a adaptação ao momento presente, dessensibilizando as lembranças passadas e diminuindo o mal estar emocional.

Assim como, parece permitir a redução da intensidade das memórias visuais e emoções associadas. Este processo deve ocorrer naturalmente durante a fase do sono R.E.M. (rápidos movimentos oculares) quando sonhamos, contudo, a presença de elementos traumáticos e ansiogénicos dificultam este processo não permitindo o processamento das memórias e do material inconsciente.

A estimulação bilateral é uma componente do modelo psicoterapêutico de Reprocessamento e Dessensibilização através de Movimentos Oculares (EMDR), a estimulação pode ser visual, tátil ou auditiva.

Em 2013, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a Terapia de Reprocessamento e Dessensibilização através de Movimentos Oculares (EMDR) como um tratamento de trauma de nível "A".

Diversos estudos científicos têm validado os seus resultados para o tratamento de diversas problemáticas indutoras de stress, como perturbações do stress pós-traumático, psicopatologia depressiva e ansiosa, fobias, ataques de pânico, dor crónica, entre outras patologias.

Este vídeo/música não foi sujeito a nenhum estudo de eficácia como tratamento, não funciona como terapia, mas pode servir como um recurso para a promoção e manutenção da saúde mental.

Se apresentar uma reatividade emocional elevada com presença de ansiedade elevada, stress crónico, traços depressivos e pensamentos automáticos ruminativos frequentes deverá procurar ajuda especializada de um(a) psicólog@ e/ou psiquiatra.

O autocuidado e o acompanhamento psicológico/psicoterapêutico podem promover o autoconhecimento e a capacidade de sentir e agir de forma adequada ao momento atual, reescrevendo as suas narrativas e projetando um futuro mais adaptativo e real.